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Quinta-feira, 11 de Setembro de 2008

Ela, o Mar, e Ele

Parado no meio do mar

Aquele rosto que brilhava

Como se algo fosse roubar

O que o seu interior amava

 

Nada iria mudar

Mas dali nascia uma esperança

Uma vontade de voltar

Uma inocência de criança

 

Era triste tal imensidão

Tal desejo de esquecer

E como por um trovão

As águas frias fizeram-na estremecer

 

No fundo não queria que ele partisse

Aquele aperto no coração

Como se ele a seguisse

E ali lhe desse a mão

 

Era tudo irreal

Ele não estava presente

Ela sentia-se imortal

Mas ao mesmo tempo doente

 

Doente de amor

Amor que quer esquecer

Amor a que não quer dar valor

Mas que teima em permanecer

 

Aquele mar marcou o destino

Por mais que ela dissesse não

O amor tocava como sino

E não lhe saía do coração

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publicado por Me às 10:59
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